É início de trabalho. Entretanto, no primeiro teste internacional, contra uma equipe competitiva e postulante a ir longe na Sul-Americana, o Corinthians apresentou as fragilidades mais urgentes que devem ser corrigidas para Dorival Júnior ter sucesso no comando da equipe.
Na noite de terça-feira, para quase 40 mil pessoas na Neo Química Arena, o Timão saiu de um início empolgante para um fim frustrante, com o América de Cali se impondo e atuando à vontade em Itaquera para conquistar um valioso empate por 1 a 1, em duelo pela quarta rodada da fase de grupos.
Do gol de Memphis às chances criadas no primeiro tempo, a equipe apresentou cansaço, mesmo com o elenco rodado, perdeu intensidade e viu o América controlar o jogo à sua maneira com a bola e com a cera. A vaga direta às oitavas da Sul-Americana ficou mais distante.
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Dorival Júnior tropeçou pela primeira vez no comando do Corinthians — Foto: Marcos Ribolli
Para encarar o América, Dorival Júnior investiu novamente em duas linhas de quatro homens, com André Carrillo aberto pela direita e Breno Bidon pela esquerda. Depois de um susto no início, o time começou a encontrar espaços com a movimentação fluída de Memphis e Yuri Alberto.
O holandês, melhor do time em campo durante os 90 minutos, deu grande passe após passar pela marcação e cedeu chance a Yuri Alberto, que parou no goleiro Soto. Aos 18 minutos, o camisa 10 quem foi lançado e abriu o placar com categoria.
Em um dos pontos positivos da escalação, Maycon mostrou a qualidade do passe e saiu jogando curto com Yuri Alberto. Quando teve espaço, lançou Memphis, que carregou a bola, balançou a marcação de dois rivais e chutou de fora da área para fazer 1 a 0.
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Gol de Memphis em Corinthians x América de Cali — Foto: Marcos Ribolli
O gol poderia sentenciar o panorama positivo para o Corinthians, necessitado da vitória para subir ao segundo lugar do Grupo C. Porém, foi o América quem se soltou e passou a ficar mais à vontade. No fim, os colombianos terminaram com 54% de posse de bola.
O Corinthians baixou as linhas e buscava contra-ataques. Nessa estratégia, José Martínez era um elemento para fazer a transição ofensiva. Porém, o venezuelano sentiu problema físico e obrigou Dorival a lançar Charles ainda no primeiro tempo.
O problema de Martínez simbolizou um Corinthians cansado e que correu atrás da bola. Por se apresentar desgastado, vieram a desconcentração e os velhos problemas defensivos. Na temporada só não sofreu gol em 10 jogos; são quase 40 partidas no ano.
Logo no primeiro minuto, o Corinthians deu espaço para uma cobrança curta de escanteio e um cruzamento de primeira de Carrascal para a segunda trave. Navarro atacou as costas de André Ramalho e à frente de Carrillo para finalizar e igualar o marcador.
O empate obrigou o time de Dorival Júnior a se adiantar, e o treinador a recorrer a peças do banco de reservas para buscar a vitória. Foi aí que a necessidade de reforços para o elenco apareceu. Nem tanto pelas peças que entraram, como Talles Magno e Romero, mas pelo nível físico dos atletas.
O Corinthians chegou a criar chances, chegou a assustar, mas não teve forças para pressionar e sufocar. Em uma semana, Dorival encarou o choque de realidade necessário diante de um rival organizado, com meio-campo técnico e competitivo. O América se apresentou melhor em Itaquera do que na Colômbia.
O Timão oscila, tem um elenco curto e necessita ser mais confiável defensivamente para subir realmente de patamar. Dorival, em uma semana, diagnosticou na prática os pontos mais urgentes a serem corrigidos.
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Corinthians sofre gol do América de Cali — Foto: Marcos Ribolli
Fonte: Ge