O Atlético-MG escapou ser derrotado no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Contra um time de Série C, o Alvinegro mostrou fragilidades na defesa, ficou duas vezes atrás no placar e terminou no empate em 2 a 2 na terça-feira, fora de casa.
Cuca mexeu na escalação. Colocou Igor Rabello na vaga de Rômulo, e escolheu Fausto Vera como substituto de Alan Franco (lesionado).
As trocas não foram só em nomes, mas na formação da equipe. Lateral contra o Mirassol, Alonso atuou como um terceiro zagueiro quando estava defendendo. Com a bola, ficou mais avançado, como um volante. Já Rubens se posicionou pelo lado esquerdo.
O jogo trouxe um cenário diferente para o Atlético, mas não para quem acompanha o trabalho do Maringá nos últimos anos: uma marcação individual do adversário. O Dogão não tem o espaço como referência quando defende, mas, sim, o atleta adversário. Cada jogador tem o seu para marcar. Em um dos casos, Villar ficou na cola de Hulk o jogo inteiro.
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Maringá x Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG
Um jogo direto, físico e de muitas faltas. O desenho de jogo no Willie Davids seguiu esse roteiro, e o Maringá se mostrou melhor em boa parte do primeiro tempo.
Superior nos duelos individuais, o Dogão abriu o placar. Rubens errou na saída de bola – Rony não ganhou seu duelo, e Raphinha cruzou a bola na área. Rabello foi superado com facilidade, e Maranhão não perdoou.
Com a vantagem, o Maringá diminuiu o volume ofensivo e aumentou a intensidade na marcação, fazendo mais faltas. O Atlético tinha problemas para se adaptar ao que o jogo pedia. Cuello aparecia como a melhor escolha, mas ainda sendo pouco.
A bola parada ganhou peso. Uma parou na trave, e a segunda não deu para Rafael William. Em cobrança de falta de Scarpa, Rabello cabeceou para o chão e se redimiu da falha.
O cenário não mudou para o segundo tempo. Cuello era um dos poucos que se destacava. Foi assim que chegou a marcar, mas com o gol sendo anulado pela bola ter saído pela linha de fundo, segundo a arbitragem.
A fragilidade defensiva do Atlético também permaneceu. Erros técnicos, de posicionamento e pouca combatividade. Na bola parada, ninguém afastou da área, e Fausto Vera, contra, colocou o time da casa mais uma vez em vantagem.
Tudo ficou mais aberto após o gol. O Atlético teve Hulk com mais espaço e aumentando o volume ofensivo da equipe, enquanto o Dogão encaixava melhor o contra-ataque e trazia perigos ao goleiro Everson.
O gol de empate atleticano saiu por um caminho solitário. Cuello fez boa jogada e achou Hulk na área. O camisa sete finalizou forte e deixou tudo igual.
Cuca seguiu realizando trocas para deixar o time mais veloz e capaz de incomodar o adversário, mas era o Maringá quem tinha mais fôlego e capacidade para atacar. Incomodou uma, duas e só não saiu com a vitória por um erro do árbitro, ao não marcar uma penalidade.
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Maringá x Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG
Os problemas defensivos foram expostos mais uma vez. As lesões de Arana e Lyanco evidenciam os buracos na montagem do elenco. Quem está disponível, não tem dado conta do recado. Junto a isso, o time pode e deve render mais com as peças à disposição.
A vaga não está ameaçada, mas o futebol apresentado deixa um alerta para o que se pode transformar a temporada atleticana.