Análise: Fluminense passa longe de convencer em noite de muito volume e pouca qualidade

Análise: Fluminense passa longe de convencer em noite de muito volume e pouca qualidade

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O Fluminense venceu a Aparecidense por 1 a 0, gol de Keno, mas passou longe de convencer os torcedores, tanto os que estavam no estádio quanto os que viram pela televisão. Parte por falta de competência e um pouco por falta de sorte, não conseguiu ter um placar mais confortável e terá que resolver a vida no segundo jogo fora de casa.

Renato Gaúcho fez alterações no time titular em busca de uma postura mais agressiva. A ideia era tentar amassar um adversário que se sabia que jogaria fechado para segurar o empate. A parte de ter volume funcionou, mas faltou qualidade tanto nos passes quanto nas finalizações.

O Tricolor começou com Fuentes, Nonato e Keno nos lugares de Renê, Bernal e Canobbio, respectivamente. Um lateral mais agudo, um volante mais criativo e um atacante mais agressivo. É preciso também ponderar a saída de Cano antes dos 10 minutos de partida. É ele o grande responsável pela efetividade do time na frente.

O volume de jogo correspondeu ao esperado. O time entrou pressionando no campo de ataque, retendo a posse de bola e recuperando rápido nas (muitas) vezes que desperdiçava o controle. Mas foi apenas isso de bom que conseguiu apresentar, especialmente nos primeiros 45 minutos.

Fluminense x Aparecidense - Maracanã - Copa do Brasil - Nonato — Foto: Alexandre Durão

Fluminense x Aparecidense – Maracanã – Copa do Brasil – Nonato — Foto: Alexandre Durão

As 25 finalizações, sendo 10 na direção do gol, podem passar a impressão de que o Fluminense amassou a Aparecidense. Uma prova de que números frios não refletem a realidade do jogo.

Quem assistiu ao jogo viu um time que não tinha paciência nem dinâmica para abrir espaços na defesa da equipe goiana. A missão de enfrentar um time que se fecha atrás é complexa, mas a Aparecidense não apresentava um sistema defensivo muito encaixado também.

O Tricolor tinha a posse, rondava a área a todo tempo, porém foram poucas as vezes que conseguiu gerar boas condições de finalização. E, quando as teve, desperdiçou. Primeiro com Everaldo. O camisa 9 recebeu após lindo corta-luz de Ganso e bateu rasteiro para a defesa de Matheus Alves.

Dali até o intervalo, o Fluminense teve dificuldade de encontrar soluções. Apostou em alguns chutes de fora da área sem direção. A noite pouco inspirada de Arias, que errou 12 passes apenas no primeiro tempo, contribuiu para a pouca produção ofensiva.

O time trocava passes de forma lenta, o que facilitava para que a Aparecidense bloqueasse as chances de finalização. A volta para o intervalo mostrou uma postura diferente, mais agressiva, mas que aos poucos se misturou com ansiedade. Especialmente depois que começou a perder muitas chances.

As duas primeiras com Keno, em batida da entrada da área após passe de calcanhar de Samuel Xavier, e em finalização da marca do pênalti em cruzamento de Nonato. Ambas foram finalizações que poderiam ser melhores e, por isso, deram possibilidade de defesa a Matheus Alves.

Em seguida, foi Freytes que teve três oportunidades consecutivas: uma batida para fora, outra defendida e uma terceira parando na trave. Nesse meio-tempo, Renato apostou na entrada de Lima no lugar de Martinelli para dar mais criatividade ao meio-campo.

A tentativa de aumentar a pressão sobre a Aparecidense, jogando o time para o ataque, teve o efeito colateral de abrir o campo de defesa. Especialmente após as jogadas de bola parada improdutivas do Tricolor, a equipe da Série D teve o contra-ataque aberto para abrir o placar.

Foram pelo menos três ótimas chances de mano a mano com a defesa desperdiçadas. Quem mais buscou o jogo, finalizações e criou chances foi quem encontrou a solução. Keno abriu o placar e deu o alívio da vitória ao Fluminense.

Porém, como mostraram as vaias dos torcedores ao apito final, a atuação ainda não dá confiança de um time preparado para vencer. Os desafios maiores estão no horizonte, e o time precisa de evolução rápida se quiser sonhar com voos mais altos na temporada.

Fonte: Ge

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