Análise: Palmeiras empolga “em casa” nos EUA, mas estreia na Copa de Clubes deixa gosto amargo

Análise: Palmeiras empolga “em casa” nos EUA, mas estreia na Copa de Clubes deixa gosto amargo

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Há duas formas de se ver a estreia do Palmeiras na Copa do Mundo de Clubes. Como desempenho, foi bastante positivo o que a equipe de Abel Ferreira apresentou no estádio MetLife, em Nova Jersey, na noite deste domingo. O empate sem gols com o Porto, porém, deixa um gosto amargo.

A sensação que o Verdão deixou era de que este talvez tenha sido o jogo em que um brasileiro ficou mais próximo de vencer um europeu na última década.

Com a maioria dos 46 mil torcedores presentes no jogo, a equipe de Abel Ferreira teve o ambiente a seu favor e as melhores chances. Em boa parte do tempo, o barulho nas arquibancadas fazia parecer que o duelo não era nos Estados Unidos, mas sim no Allianz Parque.

Estêvão Palmeiras x Porto Copa do Mundo de Clubes 2025 — Foto: REUTERS/Jeenah Moon

Estêvão Palmeiras x Porto Copa do Mundo de Clubes 2025 — Foto: REUTERS/Jeenah Moon

Das 14 finalizações alviverdes, uma parou na trave, duas passaram rente à meta, e quatro foram defendidas pelo goleiro Cláudio Ramos, sendo duas delas intervenções difíceis. Weverton também teve que trabalhar, mas o Palmeiras foi melhor na maior parte do tempo.

As principais novidades na escalação para a partida foram as entradas de Aníbal Moreno no lugar de Emiliano Martínez, e Mauricio vencendo a disputa por uma vaga com Facundo Torres. Felipe Anderson fez a ala pela direita, com Estêvão e Mauricio por dentro, atrás de Vitor Roque.

E com o Palmeiras escalado assim, o Porto teve muitas dificuldades nos primeiros dez minutos.

Isto porque o Verdão adiantou sua marcação e tirou a saída de bola dos portugueses. Estêvão teve com menos de cinco minutos uma grande chance assim e finalizou para fora.

O Palmeiras passou a perder o controle do jogo a partir de 15 minutos, especialmente quando Rodrigo Mora conseguia escapar de Aníbal Moreno e Richard Ríos.

Ainda assim, a equipe só cedeu chances na etapa inicial a partir de erros de Giay, sobrecarregado por Samu Aghehowa no seu lado, e Aníbal.

Nos minutos antes dos acréscimos, veio o bombardeio: três chances seguidas, sendo que duas pararam no goleiro e outra foi afastada em cima da linha. Piquerez ainda cobrou uma falta perigosíssima no último lance da etapa final.

Quando passou a encontrar dificuldades para voltar a incomodar o Porto, Abel fez um ajuste: passou Estêvão para o lado esquerdo e Mauricio para a direita.

A troca surtiu efeito, mas o ritmo novamente caiu na etapa final. E Abel fez novas mexidas que ajudaram para o Palmeiras a retomar o controle.

Estêvão foi muito acionado, mas concluiu mal as jogadas e deu lugar a Paulinho; Allan ocupou o lugar de Felipe Anderson, e Raphael Veiga substituiu Mauricio. Para o abafa final, Flaco López entrou no lugar de Vitor Roque.

Só que a trave e o goleiro salvaram o Porto na pressão dos minutos derradeiros. A torcida tentou ajudar aumentando o barulho, mas não foi suficiente.

Paulinho em Palmeiras x Porto — Foto: David Ramos/Getty Images

Paulinho em Palmeiras x Porto — Foto: David Ramos/Getty Images

Para efeito de classificação, o Palmeiras se garante no mata-mata com duas vitórias. Ou seja, não há um desespero quanto a isso.

Mas o gosto é amargo porque pelo volume apresentado, com mais posse de bola (52% x 48%), mais finalizações (14 x 10), mais tiros no alvo (6 x 2), o Verdão poderia ter iniciado sua trajetória na Copa do Mundo de Clubes com uma vitória.

O alento é que o desempenho mostrou por que a equipe de Abel Ferreira foi tratada pelos adversários como a mais complicada do Grupo A.

Fonte: Ge

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