Após semanas desaparecido, maior opositor de Vladimir Putin reaparece em prisão no Ártico

Após semanas desaparecido, maior opositor de Vladimir Putin reaparece em prisão no Ártico

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Alexei Navalny, o maior opositor de Vladimir Putin, reapareceu após semanas desaparecido. Ele falou com o seu advogado de dentro da prisão de Yamal-Nenets, na região ártica da Rússia, a cerca de 1.900 quilômetros de distância de Moscou, informou sua porta-voz Kira Yarmysh nesta segunda-feira (25).

“Alexei é o principal rival de Putin, embora o seu nome não esteja nas urnas”, disse Yarmysh à Associated Press na última segunda. “Eles farão tudo o que puderem para isolá-lo.”

Durante o período desparecido — desde 6 de dezembro — o governo dos Estados Unidos manifestou profunda preocupação com o bem-estar de Navalny e afirmou que as autoridades russas são responsáveis por ele.

Em resposta, o Kremlin declarou que os comentários americanos são uma intromissão inaceitável nos assuntos internos da Rússia.

Alexei Navalny, líder da oposição russa, durante audiência em maio de 2022 — Foto: Evgenia Novozhenina/REUTERS

Alexei Navalny, líder da oposição russa, durante audiência em maio de 2022 — Foto: Evgenia Novozhenina/REUTERS

Os aliados de Navalny soaram o alarme depois de os advogados terem sido proibidos de entrar na Colónia Penal Número 6, a prisão a cerca de 230 quilômetros a leste de Moscou onde Navalny cumpria a pena. Os advogados afirmaram ainda que Navalny não estava recebendo as cartas que lhe eram endereçadas e que não comparecia às audiências judiciais por videoconferência, como de costume.

Yarmysh disse que a situação é preocupante porque Navalny adoeceu nos últimos meses e aparentemente desmaiou “de fome”. Ele acrescentou que “eles o estão privando de comida, mantendo-o em uma cela sem ventilação e dando-lhe apenas um tempo mínimo para ficar ao ar livre”.

Navalny está preso na Rússia desde janeiro de 2021, quando regressou a Moscou depois de se recuperar na Alemanha de um envenenamento que ele atribuiu ao Kremlin. Antes de ser preso, ele fez campanha contra a corrupção oficial e organizou grandes protestos anti-Kremlin.

Fonte: G1

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