Baiano nomeado para força-tarefa que dará suporte à Faroeste na Bahia atuou na Zelotes e no Mensalão

Baiano nomeado para força-tarefa que dará suporte à Faroeste na Bahia atuou na Zelotes e no Mensalão

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A presença do procurador da República baiano José Alfredo de Paula Silva entre os membros do chamado Gaeco federal que está sendo constituído hoje para dar suporte à Operação Faroeste na Bahia é mais um sinal de que as investigações sobre o maior esquema de corrupção já apurado no Judiciário baiano tendem, a partir de agora, a se aprofundar, ampliando o rol de investigados no Estado.

O primeiro lance neste sentido é a criação do grupo, autorizada pela Procuradoria Geral da República, em Brasília, que também se encarregará de apurar outros crimes praticados na Bahia por autoridades com foro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a exemplo de desembargadores. Na prática, embora o nome não seja utilizado, o novo Gaeco federal é uma força-tarefa semelhante à que atuou na Lava Jato.

José Alfredo foi ponta de lança de outras investigações importantes, como a do Mensalão e a Zelotes. Na primeira operação, descobriu-se um esquema de compra de votos no Congresso na gestão do ex-presidente Lula que levou à prisão cabeças coroadas do PT, como o ex-todo-poderoso ministro José Dirceu, e de partidos do Centrão, a exemplo de Roberto Jefferson, do PTB, hoje um dos maiores aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A Zelotes, deflagrada em março de 2015, investigou um esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), órgão colegiado do Ministério da Fazenda, responsável por julgar os recursos administrativos de autuações contra empresas e pessoas físicas por sonegação fiscal e previdenciária. José Alfredo herda o nome composto do pai, um desembargador baiano também extremamente respeitado.

As investigações da Faroeste ganham reforço no momento em que investigadores e acusadores da operação que apura um esquema de grilagem de terras no Oeste da Bahia por meio de vendas de sentenças judiciais passam a ser atacados tanto judicialmente quanto pelas redes sociais e muitos apontavam uma espécie de arrefecimento das apurações.

Os investigadores suspeitam que a própria quadrilha cujo esquema foi desvendado pela Faroeste esteja por trás dos ataques, que seriam irrigados por muito dinheiro da organização criminosa com o objetivo de enfraquecer a autoridade de delegados, procuradores e até do ministro que acompanha a operação, Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Conteúdo Política Livre

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