Chanceler da Rússia culpa EUA por queda de helicóptero do presidente do Irã, que não tinha peças de reposição havia quase 40 anos

Chanceler da Rússia culpa EUA por queda de helicóptero do presidente do Irã, que não tinha peças de reposição havia quase 40 anos

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou nesta terça-feira que os EUA têm culpa pela morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morto no domingo em um acidente de helicóptero. O chefe da diplomacia russa afirmou que as sanções americanas contra a nação persa são diretamente responsáveis pela situação da segurança da aviação no país — a aeronave que transportava Raisi não tinha peças de reposição há quase 40 anos.

— Ao implementar sanções que incluem a proibição do fornecimento de peças de serviço para produtos de aviação fabricados nos EUA, colocamos a vida das pessoas em risco — disse Lavrov, durante uma visita ao Cazaquistão. — Os americanos negam isto, mas a verdade é que outros países contra os quais os EUA anunciaram sanções não recebem peças sobressalentes para equipamentos fabricados lá, incluindo de aviação.

A queda do helicóptero que transportava Raisi, no domingo, levantou suspeitas sobre a idade do Bell 212 e as condições de manutenção da aeronave, que, segundo o governo iraniano, caiu por falhas técnicas em meio a péssimas condições metereológicas. O Modelo de asas rotativas foi fabricado pela empresa Bell, dos Estados Unidos, e a imprensa local especula que a aeronave não recebia peças sobressalentes para manutenção desde 1986.

Segundo um piloto de helicóptero da Força Aérea Brasileira ouvido pelo GLOBO, o país enfrentava condições precárias para manter as aeronaves com origem nos EUA e precisava usar engenharia reversa e peças chinesas para manter os helicópteros voando.

— O Irã pode ter adquirido peças originais no mercado paralelo, mas é muito mais provável que tenha comprado peças similares de mercados aliados como o chinês ou fabricado no próprio país, sem o controle de qualidade devido — afirmou a fonte.

Fonte: O Globo

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