Com seu candidato a governador, Jerônimo Rodrigues, no segundo turno com 49,45% dos votos – ou 4.019.830 sufrágios -, o PT intensifica a partir de hoje as conversas com os demais nomes de esquerda que participaram da disputa para tentar elegê-lo, sem sustos, no dia 30 de outubro.
A articulação política do petista considera que, não fossem os votos dados ao candidato do PSOL, Kleber Rosa, que cravou 0,59% – ou 48.239 votos -, Jerônimo poderia ter saído vitorioso no domingo. O candidato do PCB, Giovani Damico, obteve 0,07% – ou 5.951 votos -, o que também torna seu espólio alvo de cobiça do petismo.
Por esta razão, o plano é concentrar todo o esforço do grupo na atração integral dos votos de ambos, considerados suficientes para garantir a eleição do petista no segundo turno. Para os conselheiros de Jerônimo, o mesmo deve ser feito pelo candidato ACM Neto (União Brasil) em relação aos votos que o bolsonarismo descarregou no ex-candidato João Roma (PL).
Roma teve 9,08% – ou 738.311 votos -, os quais, caso tivessem ido para Neto, poderiam ter levado o candidato do União Brasil para o segundo turno na frente de Jerônimo. Na avaliação deles, entretanto, Neto teria dificuldade agora de atraí-los, por causa de sua postura de independência em relação ao Jair Bolsonaro (PL).
O presidente da República teve cerca de 25% dos votos dos baianos – ou 2.047.599 sufrágios -, contra quase 70% – ou 5.873.081 – de Lula , o que reforça duas teses: primeiro, de que o candidato nacional do PT foi o grande responsável por levar Jerônimo ao segundo turno na frente de Neto.
Em segundo lugar, alimenta também a especulação de que, se Neto aliar-se a Bolsonaro, poderá ter dificuldades de crescer para derrotar o PT no dia 30 de outubro.
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