Durante o tempo em que o ex-jogador Marcelinho Carioca, de 51 anos, ficou preso em um cativeiro em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, sob ameaça, ele e sua amiga foram submetidos a uma roleta-russa. O jogo macabro consiste em deixar uma bala no tambor de um revólver e fazê-lo girar, deixando a vítima desesperada com a possibilidade de ser atingida.
As informações foram passadas por Marcelinho à polícia. “A arma que encontramos no carro dele era falsa, mas as duas no cativeiro eram verdadeiras. Eles [os criminosos] ficaram fazendo roleta-russa na cabeça dos dois”, informou Paulo Pilz, diretor do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) da Polícia Civil, em entrevista à Record.
No momento da ameaça, o ex-jogador foi ainda obrigado a fazer um vídeo em que informava que tinha saído com uma mulher casada e, por isso, o marido dela o havia sequestrado. Depois, o atleta desmentiu a afirmação.
Quando foi libertado, Marcelinho esclareceu que, na verdade, a mulher que estava com ele era a sua amiga. Os dois teriam se conhecido enquanto trabalhavam na Secretaria de Esporte e Lazer de Itaquaquecetuba e mantido a amizade. O ex-jogador foi exonerado do cargo em janeiro.
“Se você está com um revólver apontado para a sua cabeça, você pensa na sua vida. Fui obrigado a fazer aquele vídeo. Tudo o que aconteceu naquele cativeiro foi desesperador”, disse.
Segundo o diretor do Dope, até o momento, cinco pessoas foram detidas, mas a Polícia Civil segue investigando o caso, já que há suspeitas de mais envolvidos.
Fonte: R7