Empresários têm direito de protestar contra restrições, mas precisam cobrar vacinação ao governo federal

Empresários têm direito de protestar contra restrições, mas precisam cobrar vacinação ao governo federal

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Num país em que é difícil promover reunião até de condomínio para tratar de assuntos da coletividade, o movimento recente de comerciantes baianos contra o que consideram absurdas medidas restritivas adotadas pelo governo do Estado, contra a Covid 19 merece atenção e respeito.

Se eles acham, no entanto, que protestar contra o Toque de Recolher ou mesmo o lockdown, meios extremados escolhidos para conter o avanço da doença na Bahia e em vários outros Estados, é suficiente para superar a crise que justificadamente ameaça seus negócios e empregos, estão redondamente enganados.

Ao lado do protesto, eles precisam cobrar do governo federal, em primeiro lugar, a vacinação em massa, única forma de impedir o fluxo de transmissão da doença, e defender abertamente medidas preventivas, como o uso de máscaras e a higienização, além de combater as aglomerações irresponsáveis.

Sem foco no que realmente importa e pode ajudar na recuperação da economia, ao assegurar a liberdade para tocar seus comércios, o máximo que vão conseguir é conturbar ainda mais o ambiente com bloqueios que têm muito pouco a ajudar no enfrentamento do caos a que o Estado está submetido.

Com números aterradores à disposição de todos, dificilmente conseguirão a adesão da sociedade a uma pauta que acaba assumindo, injustamente, contorno exclusivista. A Bahia registrou 320 mortes por Covid 19 nos últimos três dias e ontem a ocupação de leitos de UTI pela doença bateu os 84%.

Hoje, são 983 pessoas diagnosticadas com gravidade pelo novo coronavírus no Estado. Num quadro desses, difícil não reconhecer que a razão assiste ao governador Rui Costa (PT) quando ele radicaliza e toma decisões para evitar as aglomerações que ampliam o contágio e resultam no risco colapso do sistema de saúde.

Como qualquer gestor responsável, Rui Costa não pode pensar apenas em segmentos econômicos e sociais, mas em benefício de toda a população. Os que combatem as medidas que adota agora serão os primeiros a entender sua iniciativa se precisarem de uma UTI, mesmo por outra razão, e lhes for negada assistência.

As informações são do Política Livre

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