O corpo de Mário Jorge Lobo Zagallo foi velado neste domingo (7), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Zagallo morreu na noite de sexta-feira (5), aos 92 anos, de falência múltipla dos órgãos.
O velório, que começou às 9h30, ficou aberto ao público até 14h. A partir das 15h, o corpo de Zagallo será levado em um carro dos bombeiros da sede da CBF até o Cemitério São João Batista, onde será sepultamento às 16h.
O corpo do Velho Lobo está sendo velado ao lado das cinco taças de Copas do Mundo que o Brasil venceu (Zagallo teve participação em 4 delas) e da estátua de cera que o museu da CBF fez em sua homenagem em 2022. Esta é a primeira vez que a estátua de Zagallo está exposta ao público
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As cinco taças de Copa do Mundo conquistadas pelo Brasil — Foto: Suelen Bastos/g1
Entre os atletas e autoridades que passaram pelo velório para prestar homenagens estão Tite, ex-treinador da seleção brasileira e atual técnico do Flamengo, o ex-jogador Grafite e os campeões mundiais Cafu, Zinho, Bebeto, Jorginho e Mauro Silva. Marcos Braz, dirigente do Flamengo, e Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, também comparecem ao velório.
O presidente Lula, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e o técnico do tetra mundial Parreira enviaram coroas de flores para prestar condolências à família.
Cafu, capitão da seleção brasileira campeã do mundo em 2002, “revelou” como era o Velho Lobo nos bastidores.
“O Zagallo cobrava quando tinha que cobrar, era paizão quando tinha que ser paizão, era amigo quando tinha que ser amigo e era treinador quando tinha que ser treinador. Era um treinador que era respeitado e isso que era o mais importante. Quando você tem respeito do grupo, a tendência é fazer o que fizemos, conquistar títulos e fazer com que o Zagallo seja reconhecido e conhecido da maneira que tem que ser, como um herói brasileiro”, disse Cafu.
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O ex-jogador Bebeto (c) comparece ao velório do ex-técnico e ex-jogador da seleção brasileira Mario Jorge Lobo Zagallo, na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, neste domingo (07). — Foto: ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Emocionado, o campeão mundial Bebeto se declarou para Zagallo. “Toda a minha história como jogador de futebol e como homem, eu tive ele como referência. Ele foi o meu segundo pai. Ele transcende o futebol. Temos um amor muito grande pela família dele”.
Gilmar Rinaldi, campeão mundial em 1994, relembrou o amor do Velho Lobo pela seleção. “Ninguém amou mais essa camisa do que ele. A gente tem que pensar isso pra sempre e, quem sabe, esteja na hora de repensar e voltar a esse estilo. Essa camisa tem um peso, e ele deu como ninguém”.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, comentou sobre a importância de Zagallo para a Seleção. “Que os atletas possam resgatar o trabalho que Zagallo desenvolveu e se inspirem nele. Saber que a camisa da seleção tem que ser honrada, abençoada e ser defendida”.
Para Juan Silveira dos Santos, da comissão técnica do Flamengo, Zagallo era sinônimo de seleção brasileira. “O futebol brasileiro perde uma lenda. Em termos de seleção brasileira, ele é a história da seleção. Ele viveu intensamente a seleção. A imagem dele é ligada a imagem vitoriosa da seleção”.
Durante o velório, Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, passou mal e desmaiou. Ele foi levado para a ambulância no local e, segundo os socorristas, está bem.
Fonte: G1